domingo, 26 de julho de 2009

Não seria possível apenas... Saber?

"Não é como virar no lugar certo e conseguir a felicidade para sempre ou virar no lugar errado e sua vida se transformar num desastre. Na vida real, muitas vezes é quase impossível dizer qual a decisão que se deve tomar, porque o que ganha e o que se perde muitas vezes são equivalentes"
- Marian Keyes no livro Melancia.

Mas afinal, quem sabe realmente o que é felicidade total? Digo "total" porque ainda não descobri se é possível ser "parcialmente" feliz.

Eu posso ser feliz por ter uma vida inteira pela frente para poder descobrir o que realmente é felicidade. Ou posso ser feliz simplesmente por ainda ter uma vida inteira.
Eu posso ser feliz por estudar o que gosto e ter tempo para aprimorar ainda mais o que aprendo diariamente. Ou posso ser feliz simplesmente por ter a oportunidade de estudar, uma vez que vivo em um país cheio de desigualdades.

O que mais me intriga é saber se alguém pode ser feliz simplesmente pelas coisas que já tem. Ou se precisa viver buscando a felicidade, sem saber que, de repente, já a conquistou...

sábado, 11 de julho de 2009

Ordem natural da vida?

Interessante como vivemos!
Interessante como seguimos uma ordem preestabelecida de como devemos viver, até morrer.

Primeiro, vivemos para a fase do "brincar"... É a única coisa com a qual nos importamos e nos dedicamos.
Depois, vem a faze do "aprender", aonde a escola é o que mais nos interessa e nos chateia ao mesmo tempo.
A fase de "amar" é a fase que considero como a melhor de todas. É quando nos permitimos ir mais além. É quando nos permitimos descobrir tudo aquilo que antes nos fazia tremer. É a única fase na vida da gente aonde é possível ser feliz com pouco.
Quando chegamos a fase do "viver", vivemos para trabalhar, para seguir um caminho certeiro, para se preocupar com coisas que envolvem todas as fases anteriores. Vivemos para poder dar vida a novas pessoas.

Acredito que depois de ter brincado, aprendido, amado e vivido, cheguemos a fase mais injusta da vida: a que nos força a nos separar de quem mais amamos.
E era aí que eu queria chegar!

Por que precimos morrer?
Para poder deixar mais espaço no mundo em que vivemos para as pessoas novas que estão a caminho? Para poder fazer as pessoas que ficam ficarem com aquele sentimento de saudade, de vazio, de nostalgia? Morremos porque essa é a ordem natural da vida? Morremos porque Deus quis? Ou porque chegou a hora?

Quando digo "morremos" me refiro não somente a nós, seres humanos. Mas também ao cachorrinho que mesmo latindo desesperadamente durante uma noite fria, sabia nos deixar mais alegre quando nos olhava com aquele "ar de melhor amigo do homem". Me refiro aquele artista que, mesmo sem termos muitas notícias dele (a), nos confortava apenas em saber que estava lá. Me refiro aquela pessoa que um dia pode ter feito a diferença em nossas vidas, e hoje nem tanto. Me refiro ao personagem do nosso livro favorito. Ao parente de um amigo muito querido.

Ás vezes, a vida me parece um pouco injusta. Lutamos tanto para poder conseguir ter alguma coisa, ter alguém e principalmente, ter felicidade, saúde, paz enquanto estamos vivos... E de uma hora para outra, tudo acaba.

Sei que a ordem que citei acima - retirada do belíssimo texto de Charles Dickens "The child's story" - é a ordem natural da vida, é como deve e tem que ser. É para isso que estamos aqui. E, se por acaso, essa ordem é interrompida ou invertida, as coisas podem parecer estranhas demais e, por incrível que pareça, ainda mais injusta.