quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Jingle bells e nada resolvido ainda

Sei que esse tópico já é "manjado", mas eu não consigo me conformar com a tranquilidade que o cidadão brasileiro tem para fazer as coisas. É uma mania de deixar sempre tudo para a última hora que realmente me espanta.
Hoje, 24 de dezembro, véspera de natal, ceia praticamente pronta em todas as casas que se preparam para receber seus convidados, familiares e afins e todas as lojas do centro da cidade se encontram lotadas, abarrotadas de gente que fica indignada por só encontrar o resto das mercadorias. Resto é um termo relativo para se usar quando, já preparados para a mania de deixar para a última hora, os comerciantes lotam as prateleiras de seus estabelecimentos de produtos.
É incrível como que mesmo com propagandas no ar sobre o tema "Natal", com promoções criadas especialmente há três meses para arrematar o décimo terceiro salário do povo, com o mundo todo se preparando para a tão esperada data durante o ano todo, tem gente que ainda deixa para fazer as coisas na última hora ...e última hora mesmo. Aposto que hoje, às 17:45h ainda vai ter gente indo atrás do presente do amigo secreto que vai ser revelado à meia-noite - detalhe que as lojas encerram suas atividades às 18h.
Não tem jeito. Isso é da essência do brasileiro.
Dizer que falta tempo, que é muita coisa para ir atrás, que quando se programa para fazer algo, algo maior dá errado antes e acaba atrapalhando todo o resto do plano, para mim, é tudo desculpa. Por que na última hora é possível arranjar algumas tempo e antes, não?
Nesse ponto, eu admiro - e muito - o povo norte-americano. Nos dois meses que passei na "terra do tio Sam", pude perceber como o povo de lá é prático, rápido. Quando eles precisam fazer algo, fazem rápido, é como se quisessem se livrar logo de tal obrigação, ficar em paz com as suas pendências. E nisso, eu acredito que seria muito legal se tomássemos como exemplo, não só o consumismo, mas a praticidade para fazer as coisas e deixar o ambiente sempre "leve".
Fica aqui então uma dica de presente de natal para todo um povo: vamos fazer as coisas com mais rapidez e evitar confusões bem no dia em que todo o mundo está em paz com todos, com vontade de fazer o bem e só doar a sua alegria para as pessoas.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Momento pensante...

“Piruliteando” pelos orkuts da vida hoje, encontrei um texto que encaixa bastante com o momento de alguém ...Resolvi postar:

Ser adulto...


Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...'
- 'Nossa,quanto tempo?'
- 'Cinco anos...Mas não deu certo...acabou'
- É, não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ele é malhado, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga! Senão bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití.Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existem pessoas que precisam da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa realmente gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa.
Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?

Arnaldo Jabour (óbvio!)