quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O peso das coisas ...

Dizem que precisamos ter cautela ao tomar as decisões na vida ...da vida. Mas, cautela para quê, se toda decisão é arriscada, cheia de incerteza, carregada de receio?

Quando precisamos tomar uma decisão importante, é sinal de que algo chegou no limite. É sinal de que alguma coisa precisa mudar por qualquer motivo que seja. E mudança é outra coisa que traz com ela muito medo de errar também.
Por outro lado, podemos enxergar uma decisão como algo renovador, e, renovar é sempre bom!
A decisão pode ser encarada como uma coisa que é preciso acontecer para sabermos como será. É como aquele papo de "é melhor fazer e se arrepender do que não fazer e se arrepender por não ter feito" ...

Agora, exigir que alguém tenha cautela na hora de tomar uma decisão, é exigir demais!
Cautela significa cuidado, prevenção ...mas como é possível termos cuidado com algo que não conhecemos? Como é possível nos previnir de uma coisa que não sabemos como irá ser.
A verdade é que ter cautela ao tomar qualquer decisão é a mesma coisa de atirar no escuro e querer acertar a um alvo.

O segredo está no planejamento de tudo.
O que conta mesmo, é levarmos em conta todas as possibilidades - boas e ruins - sobre o que pode acontecer depois que a decisão for tomada. É se programar para o pior, mesmo esperando o melhor. É saber encarar o "depois".

Você já teve que tomar uma decisão importante na vida?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Até aonde vai o poder da imaginação

Não tem nada melhor do que ficar de bobeira fazendo nada em casa, tem?
Nada melhor do que acordar na hora em que se quer e sem pressa, colocar uma roupa qualquer. Comer porcaria, deitar no sofá e procurar alguma coisa legal para assistir. Ou ainda, se fechar em um mundo só seu junto com aquele livro que você tanto gosta de ler e não quer que tenha fim nunca. Mas, o fim do livro é inevitável e quando você se aproxima dele sente até vontade de fechá-lo e ler mais tarde, mas ainda assim, a vontade de saber o que vai acontecer, não passa.

Tudo bem. A decisão que você toma é a de ler o livro até o final e encarar que isso tem que acontecer. Conforme as últimas páginas vão passando pelas suas mãos, é como se o seu coração fosse batendo cada vez mais rápido, mais ansioso, mais atento a tudo que os seus olhos estão lendo. A história sempre fica mais completa quando isso acontece, e, de repente, é como se tudo que você leu nas últimas tantas páginas, fizessem cada vez mais sentido, cada vez mais se encaixassem com o que está por vir no fim. Quando você menos espera, termina o capítulo, o último capítulo, e custa a acreditar que acabou. Lê de novo as últimas linhas, para poder ter a certeza de como foi o fim da história. E chega o momento em que a tal "depressão pós fim de livro" bate forte dentro de você, da sua cabeça, de toda a história que te acompanhou nos últimos dias. É como se todos os personagens que você conheceu, que de algum modo, fizeram parte do seu cotidiano, tivessem partido.

Você leva um certo tempo para poder absorver o fim do livro. Mas absorve. E absorve também, a ótima idéia, a sensação de quero mais, e o alívio de saber que a história, ainda não acabou ...pois o poder da imaginação, nos leva até os personagens, nos leva até aonde queremos ir com a história, até aonde queremos que ela vá, que ela seja, que ela termine.

domingo, 4 de janeiro de 2009

ésóreciclar.com

É incrível como podemos aprender muito mesmo quando estamos em busca de diversão. Estive em Guarujá nos últimos dias, e me impressionei com o trabalho que um homem, de uns 50 e tantos anos de idade, desenvolve na praia.

Seu estilo de vida é: é só reciclar. E ele recicla mesmo!
Nas pedras, no finalzinho da praia do Tombo, seu trabalho fica exposto, para todos verem e ajudarem a desenvolver cada vez mais uma coisa mais bonita para se expor.
Ok, vou falar: seu Lúcio, um homem com uma barba grande e branca, recolhe tudo que vê de lixo que as pessoas jogam nas praias e coloca a exposição como um apelo ao problema de material reciclável jogados fora assim, com tanto descaso.
É interessantíssimo a forma como ele encontrou de tocar todo mundo que visita a sua exposição.

Com dizeres em pranchas - também jogadas fora como lixo - ele espalhou mensagens com a importância da reciclagem para a natureza.
Encontramos de tudo: escovas de cabelo, de dente, pranchas quebradas, capacetes rachados, chinelos sem seus pares, cabeças de boneca, sacolas plástica, tampinhas de garrafas, garrafas então ...nem se fale, tem de monte!

As pessoas que frequentam a praia do Tombo - aonde acontece a exposição diarimente - já se acostumaram a entregar à ele tudo o que jogariam em qualquer lugar da praia, inclusive e principalmente as crianças. Porém, seu Lúcio, confessa que não aprova tal atitude vinda de uma criança. Usa como argumento a idéia de que se o problema foi causado por um adulto, então é de responsabilidade dos adultos fazerem a sua parte. Mas não nega que fica gratificado vendo isso partindo da criançada.

Seu Lúcio já está no seu quinto ano de trabalho e segundo de exposição. A exposição é gratuita, ele só pede a colaboração na parte de manter o que a natureza construiu como sempre foi, linda e sem lixo produzido pelo homem!