terça-feira, 23 de junho de 2009

Comer, rezar, amar

Eu gosto de ler.
Lendo, conseguimos criar mundos próprios, dar vida a pessoas que sequer conhecemos e, ainda, conhecer pessoas que nunca imaginos ser possível conhecer.
Quando começo a ler um livro é como se eu fizesse parte daquele mundo e daquela história. Os personagens se tornam meus amigos e, a vida deles se torna algo importante para mim.
Quando termino de ler um livro e tenho que fechá-lo e guardá-lo juntos aos outros já lido, é como se eu estivesse me despedindo de grandes amigos e de pessoas muito queridas.
Acredito que a magia da leitura está nisso, nesse exato tipo de sentimento.
Hoje, acabei de ler mais um livro, e foi díficil chegar a última frase.

Por se tratar de um livro que narra a aventura vivida por uma mulher comum que, aos 30 anos decide entrar de cabeça em um divórcio e sair em busca de três coisas que considera serem as mais importantes na vida de uma pessoa feliz, foi mais difícil ainda.
Comer, rezar, amar conta a saga de Elizabeth desde o seu difícil divórcio até o encontro que teve com o prazer, a devoção e o equilíbrio.

São quatro meses na Itália e o encontro com o prazer de comer sem culpa. Quatro meses na Índia e o encontro com a devoção, e, principalmente, com Deus. E mais quatro meses na Indonésia e o encontro com o equilíbrio entre prazer e devoção e... Com um amor repentino.

Vale a pena conhecer os caminhos percorridos por essa mulher e o seu enorme desejo de conseguir apenas uma coisa na vida: ser feliz.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Opinião de amigo também conta!

Viva ao nosso Supremo Tribunal Federal: Qualquer um pode ser jornalista!

O grande circo está armado: agora qualquer um pode ser jornalista. Não basta estudar para exercer a profissão que derruba muitos poderes desse país. O necessário hoje é ter capacidade de se expressar, pois é isso o que diz a lei de liberdade e expressão. Vamos bater palmas meu respeitável público, o grande mágico Gilmar Mendes tirou de sua cartola o grande dilema que há muito é discutido: diploma de jornalista não é preciso para exercer a profissão.

Para o público que não conhece os bastidores, há certo tempo a questão da obrigatoriedade do diploma para jornalista é discutida pelos donos desse grande circo chamado Brasil. O Supremo Tribunal Federal analisa a proposta da Setersp (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo) de excluir os diplomas das universidades brasileiras, deixando assim, as empresas de comunicação favoráveis a escolherem e moldarem seus profissionais de acordo com os seus trejeitos. Agora, o grande público fica em seus lugares assistindo novos equilibristas e novos cuspidores de fogo jorrando em veículos da imprensa coisas sem um estudo sequer jornalístico ou então uma formação decente. Segundo o mágico Gilmar, uma pessoa pode cozinhar e não precisar ser formada no ensino superior de culinária. Errônea frase e que ofende também nossos amigos gastrônomos, que terão que engolir essa espada a seco.
Agora me pergunto quais serão os critérios usados pelas empresas para a avaliação na contratação de um profissional. O que a Setersp irá colocar como requisitos básicos para ser jornalista? Grandes mágicos cobrindo inocentes elefantes e num passe de magia fazendo com que sejam excluídos do circo. O público assiste novos malabaristas se virando com as notícias para transformar um texto em algo jornalístico. Assiste também aos novos leões sendo domados por crápulas que não pensam no direito animal. Aliás alguns leões bem que gostam de serem domados.

Voltando ao assunto, o público agora ficará mais encantado com as mágicas, pois acreditarão que se um mágico pode fazer aquilo, um boneco de madeira também pode fazer. Porém, a grande diferença entre o mágico e o boneco de madeira é o material. Os mágicos são de carne e osso e o boneco de madeira. Entretanto, alguns mágicos são bem cara de pau. Enquanto isso nos esquecemos dos palhaços. Pobres palhaços que treinaram e treinam durante anos para levar um grande show para a platéia e agora viram seu espaço reduzido a uma caixa de surpresas, onde qualquer um pode ser alegre e levantar risadas das crianças com suas trapalhadas. Agora, qualquer criança pode ser palhaço e espirrar água nas outras crianças. Qualquer criança sem preparação pode colocar um nariz de palhaço e fazer caretas. Qualquer criança sem tino “palhacístico” pode fazer piadas e por sorriso nas faces alheias. Qualquer um pode colocar uma tinta na cara e se declarar palhaço. Mas uma coisa que muitos se esquecem e que muitos nunca esquecerão: para ser palhaço precisa ter talento, estudo e expressão, e não é qualquer um que possui esses elementos correndo nas veias.

Por: Thiago Gomes Rodrigues, 20 anos, estudante de Jornalismo

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ainda vão conseguir o que querem...

Quando ouvia as pessoas dizerem que o Brasil é um país que tem tudo para ser uma potência mundial, um país rico em solos, um país rico em solidariedade e um país que está em constante crescimento, sentia orgulho por fazer parte de tudo isso, orgulho por ser brasileira.
Porém, uma decisão tomada pelas pessoas que se dizem superiores, administradores de nação, homens do poder, ou Supremo Tribunal Federal (STF), me fez sentir vergonha por fazer parte de tudo isso, vergonha por ser brasileira.

O jornalismo é uma profissão que é tida como o quarto poder do mundo, pois, pode através de matérias, reportagens, pesquisas e denúncias, acaba com corrupções e injustiças que são cometidas com o povo. É uma profissão exercida por pessoas que ainda acreditam em um mundo melhor, que lutam por isso. É algo que se faz por paixão, por ter o "bichinho do jornalismo" correndo nas veias.
Para ser jornalista é preciso muito mais que saber escrever, conhecer a norma culta de uma língua ou ter um bom texto. É preciso dedicação, esforço, interesse, entrega total a uma coisa que só se faz porque se acredita que vale a pena lutar por isso.

Quando escolhi estudar jornalismo, escolhi me entregar a coisas que acredito serem possíveis, e, principalmente, porque acredito que eu posso fazer a diferença, ou pelo menos tentar. Escolhi estudar jornalismo não por acreditar ser legal aparecer na televisão quando preciso para poder dar uma notícia, mas por saber que aquela notícia, naquele meio de divulgação, pode mudar a vida de milhares de pessoas para melhor. Escolhi jornalismo porque acredito ser uma forma de deixar o mundo, e, principalmente o meu país, um lugar mais justo para as gerações futuras. Escolhi jornalismo não por achar que escrevo bem ou por gostar de estudar português, mas sim por acreditar que os meus textos, as minhas palavras, as minhas visões sobre determinados assuntos e todo o desgaste que terei para expor algo na mídia, valem a pena.

A não obrigatoriedade do diploma para poder exercer uma profissão como essa implica em muito mais coisa do que apenas não mais infringir (como dizem nossos ministros) a lei de liberdade e expressão, que é um direito de todos. Não se trata de apenas escrever textos e apresentá-los a cargos superiores. É muito mais que isso. É adquirir, durante um curso superior, uma bagagem para que se possa expor e saber discutir sobre diferentes tópicos. São termos, jeitos, maneiras de escapar de uma situação que te coloque em uma "sinuca de bico" que alguém só pode aprender estudando, e muito.
Quem estuda jornalismo porque gosta deve estar no mínimo se sentindo como eu, chateada por saber que qualquer pessoa que escreva bem pode fazer o que eu tanto almejo e me esforço para fazer com maestria um dia.

O Brasil é um país que precisa de jornalistas competentes, capazes e que tenham coragem de "meter a cara" e denunciar tudo que acontece de errado nesse território. O Brasil precisa de pessoas que lutem pelos seus direitos, e, isso inclui, o direito a informação de qualidade. O Brasil precisa de pessoas que saibam o que acontece nos seus bastidores, para que só assim, consiga ser um país que apenas irá progredir com o tempo, e não se tornar alvo de crapúlas que acreditam que banindo a informação e a transformando em um poço de lixo produzido por pessoas sem estudos irão conseguir dominar não só o país, mas a sociedade num todo.