terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ensaio sobre a cegueira

No último sábado, antes de sair de casa para passar o fim de semana em outra cidade, esqueci a minha bolsa no meu quarto e, junto com ela, o que precisava para ir ao cinema assistir ao tão comentado "2012". Então, com essa opção descartada, o programa de sábado a noite foi alugar a um filme e assistir em casa mesmo.

Na locadora: a indecisão, que filme levar?
Depois de 'pular' de comédia para romance para comédia romântica para documentário, acabei com um filme que foi muito comentado logo que estreou: Ensaio sobre a cegueira - livro do português José Saramago que virou filme no segundo semestre de 2008.
A moça que trabalha na locadora me viu lendo a sinopse do filme e decidiu dar a sua opinião sobre ele, disse "Esse filme é bom, é pesado, muito forte, mas é bom". A minha reação foi dizer "É mesmo? Todo mundo fala sobre esse ele", mas nunca ninguém havia me falado o que realmente era mostrado nele. Logo, pensei 'O que de tão pesado e forte pode ter esse filme?'. Decidi alugar e tirar essa dúvida da cabeça.

O filme começou e eu reparei que conhecia parcialmente o lugar aonde a história se passava, mas nem me toquei que se tratava do meu próprio Estado.
Achei bacana ver o moço do "De repente 30" atuando em um filme sério e interessante, e, logo de cara, percebi que a garota dos óculos escuros era brasileira, afinal, reconhecemos nossa raça em qualquer lugar e em qualquer circunstância.

Comecei a me emocionar profundamente quando o menino do filme, a única criança que aparece constantemente, diz algo tocante. E a mistura de setimentos como raiva, angústia, compaixão, tristeza e desespero só aumentou depois disso.

Ensaio sobre a cegueira se trata de um filme - bem, primeiro foi o livro, mas não tive a oportunidade de lê-lo e nem sei se vou fazer isso agora, depois de ver o filme e de ficar tão pensativa em relação a ele - dirigido pelo mesmo homem que dirigiu Cidade de Deus. Só por essa informação, podemos imaginar que não é um filme qualquer e, muito menos, um filme que não mexa com o psicológico das pessoas.

Quem leu o livro afirma que o filme foi fielmente retratado nas telas dos cinemas, até mesmo quem escreveu o livro afirma isso.

Eu, como telespectadora, afirmo que é um filme pesado, tocante, poderoso e intrigante e que, com certeza, faz com que quem o assista mude a sua visão do mundo.

'E se fosse eu?' é o meu único pensamento desde sábado a noite.

4 comentários:

medina disse...

Bom texto amor, são essas reações que o filme passa aos telespectadores.

beeijos

Unknown disse...

Eu achei super interessante a mensagem que o Saramago quis passar no ensaio, e assisti tambem o filme, mas desculpe-me Gabi eu achei o filme um lixo! Mas nem por isso deixa de ser bom. O livro, estou ansiosissíma para ler e espero não ter a mesma impressão que tive do filme. Realmente as cenas são muito fortes porém, é a realidade néh!
Abraços e beijos Yoo. =)

Unknown disse...

-Ah esqueci! Claro que com o filme, eu tambem pude aprender a abrir mais os "olhos com o mundo e o proximo" ao meu redor.
- E já recomendei ambos (livro e filme)ha várias pessoas. ;]
Yoo

Até.

Thiago Gomes Rodrigues disse...

Nem falo que eu indiquei o filme para ela, e depois ela me diz que não vai conseguir mais assistir De Repente 30 pq o moço é um filho da puta hehehehehe

Não é um filme qualquer, é um filme que mostra o quão podre é o ser humano, mesmo em suas horas de necessidade.

Adorei o texto Gaby